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Desmond T. Doss volta pra casa

  • Foto do escritor: André Luis Mazzoli
    André Luis Mazzoli
  • 20 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Em fevereiro de 2017, devido a inúmeros fatores como estresse, mau humor, noites mal dormidas, os pesos de dores passadas que não curavam e o esquecimento constante de coisas cotidianas; fiz um treinamento num instituto de auto ajuda. Aconteceu em Uberaba, iniciando numa sexta feira à noite, até domingo às 12hrs.

Por mais que os lapsos de memória sejam progressivos, lembro-me de um final de semana deslumbrante. Foi tudo incrível. Parecia que todos meus sentimentos haviam sido colocados num liquidificados fragmentados e empurrados garganta abaixo. Rasgando. Foram dias de expor os defeitos e as qualidades na cara, como um soco bem dado de Evander Holyfield . E entregue uma caixa de ferramentas que amparava-nos exatamente para evitar estes defeitos e realçar as qualidades.

Na noite de sábado, o palestrante pediu-nos que escrevêssemos uma carta ao nosso antigo “eu”:


“Olá!

Nós não dependemos mais da formalidade de velhas apresentações. Contudo, a partir de hoje sou alguém que você ainda não teve a satisfação de conhecer.

Hoje, André, você dá-me lugar para entrar nesta nova oportunidade de vida, exatamente para reparar todos os lapsos que cometemos juntos. Pois, não posso responsabilizá-lo sozinho por tudo o que aconteceu. Sinto ter de retirá-lo desta lúgubre zona de conforto. Mas hoje quero ser alguém melhor para todas as pessoas que amo. Mas, acima de tudo, por mim. Pois quando for alguém melhor, será melhor para mim e para todos. Sem mais delongas, esse assunto, assim como você, morrem aqui. Adeus.”


O antigo André, ou o Nickollas nunca foi embora. Na verdade, este alter ego vive comigo constantemente. Além do mais, acredito que ele ri dessa carta ainda hoje. As ferramentas nunca foram usadas e fui recebido em casa como um herói guerra.

 
 
 

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